Concurso de Poesia Interescolas de Gaia 2021 - 1º prémio Escalão F

 

Mar

Mar, ó meu querido mar,

nas tuas ondas agitadas,

na tua areia fina e leve,

vagueio pela minha mente

ao som da tua melodia.

Ó meu querido mar,

eu não consigo rimar,

mas queria tanto

nas tuas ondas dançar!

Ó mar, meu amigo de coração,

gosto tanto de te ter nos meus olhos, 

de te sentir com as minhas mãos!

Apanho os teus búzios

para os ouvir cantar.

Quando estás zangado,

ficas turbulento,

quando estás contente,

bailas com calma,

bailas sonolento…

São tantas as histórias

Que se contam sobre ti!

Ouve Ulisses,

ouve o herói de todos os tempos,

ele sabe que tu és o fim

e o começo de tantas aventuras!

O mar é azul como o céu,

profundo e tantas vezes agitado

como um deus furioso.

Acaricias a areia quente e serena,

será ela uma deusa morena?

Tenho saudades de ti, mar,

de nadar e mergulhar.

Ó mar, ó grande mar,

Tão cheio de sonhos e promessas,

Guarda em ti todas as tristezas.

Deixa fluir as ondas

e mostra-me as sereias.

Estão sentadas na areia,

estão sentadas nas rochas?

Só vejo uma, ela virou-se,

olhou-me nos olhos

e cantou músicas de outros tempos

e encantou-me por momentos.

O mar é misterioso…

Agora serei eu o marinheiro,

vou explorar o fundo do mar

e mil maravilhas encontrar:

peixes, corais, tesouros por achar,

barcos perdidos nas viagens…

Mas, neste poema,

as ondas são os versos

e as dunas?

São estrofes de areia

onde o poeta poderá descansar.

6ºD e Prof. Isabel Aragão